A Torre de babel
E a origem dos idiomas
Iavé, o Deus hebraico, então, desce "para ver a cidade e a torre, que os filhos dos homens edificavam" e vendo o que faziam, decidiu confundir-lhes as línguas para impedir que prossigam com sua empreitada, dizendo "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro."
Nesta passagem, a descrição antropomórfica de Iavé fica evidente quando ele "desce" e "vê" e mostra-se temeroso com o desenvolvimento do povo. O texto também apresenta alguns jogos de palavras "Babel", que significa confusão em hebraico e também com o uso de uma palavra que significa "lugar" e "nome" ao mesmo tempo no verso "façamo-nos um nome". As formas plurais empregadas por Iavé "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que não entendam a linguagem um do outro." mais aparecem no relato javista.
Apesar do contexto babilônico da história, não se conhecem relatos paralelos na mitologia babilônica. Há, no entanto, uma história parecida à da Torre de Babel na Mitologia suméria chamada Enmerkar e o Senhor de Aratta, na qual Enmerkar de Uruk constrói um massivo zigurate em Eridu e os dois deuses rivais, Enki e Enlil acabam por confundir as línguas de toda a humanidade como efeito colateral da sua discussão.
Esta história teria sido usada para explicar a existência de muitas línguas e etnias diferentes.
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